Resenha: Dias Perfeitos

by - abril 06, 2015

Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 274
Nota: 4 

Sinopse: Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional. 

A sinopse já está bem explicadinha, então agora eu só vou falar sobre as minhas impressões sobre o livro. 
Eu gostei bastante do livro, é um thriller psicológico sensacional. Eu realmente fiquei meio perturbada com essa história. 
A narrativa do Raphael Montes é bastante fluente, o que faz a leitura ficar bem mais rápida. 
O livro é contado pelo ponto de vista do Téo, que é o personagem principal, ele é totalmente louco e psicótico, ele é tão frio, e trata as coisas de uma maneira tão natural, como se as coisas que ele fez com a Clarice fossem as coisas mais normais do mundo. Eu acho que o Téo é um dos personagens mais malucos de todos os livros que eu já li. 
O interessante é que quando a Clarice fazia tudo que ele mandava, era uma "pessoa obediente", ele ficava totalmente realizado, sempre dizendo o quanto a amava e outras coisas loucas, mas quando ela fazia alguma coisa que ele não gostava, ele já começava a questionar esse amor todo que ele dizia ter por ela. Isso já mostra o quanto o Téo é dissimulado. 
O que me fez tirar uma estrela do livro foi o caminho que o autor tentou fazer para chegar até o final. Eu achei que ele apressou demais as coisas, sem contar que teve umas coisas totalmente absurdas que não aconteceriam na vida real. Eu achei que ele poderia ter desenvolvido mais algumas coisas antes do final. 
Ele ousou muito nesse final, e apesar de eu não ter gostado tanto, a ultima página do livro me fez ficar louca, sério! Quando eu li a última frase fiquei bastante tensa e querendo ler muito mais.
Bom, eu indico o livro pra todo mundo que gosta de um bom thriller psicológico, e pra quem não conhece o gênero esse livro é uma boa oportunidade para iniciar. 




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